Proposta de redação 3 - 2017
INSTRUÇÕES
PARA A REDAÇÃO
• O
rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O
texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A
redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá
nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
•
tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
•
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
•
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
•
apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO 1
COM DÍVIDAS, PREFEITURAS DESISTEM DE FAZER CARNAVAL NO TOCANTINS
Com dívidas e compromissos para cumprir, muitas prefeituras do Tocantins desistiram de fazer Carnaval. Das 20
maiores cidades, oito informaram que não vão promover a festa. As prioridades
são o pagamento dos servidores públicos e o investimento, principalmente, na
área da educação.
"Não dá para fazer só com o dinheiro do FUNDEB. Tem que ser com
dinheiro arrecadado do município mesmo", informou a secretária de Educação
e Cultura da cidade de Paraíso do Tocantins. Em muitas cidades, a folia será
promovida pela iniciativa privada. [...]
Muitos prefeitos
deixaram o Carnaval de lado por causa de uma recomendação do Tribunal de Contas
do Estado. Conforme informações que constam no boletim do órgão, publicado no
final do mês de janeiro, a orientação é que os prefeitos deixem "de
realizar quaisquer despesas relacionadas ao carnaval ou outras festas populares
nesta época do ano". O TCE recomenda ainda que, caso as prefeituras
decidam fazer a folia, encaminhem ao Ministério Público de Contas, a
documentação que comprove a quitação das despesas atrasadas, tais como salários
de servidores e débitos com a previdência social ou fornecedores.
Texto adaptadoDisponível http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2017/02/com-dividas-prefeituras-desistem-de-fazer-carnaval-no-tocantins.html. Acesso em 24 fev. 2017
TEXTO 2
BLOCOS DE CARNAVAL PEDEM FINANCIAMENTO PÚBLICO PARA A FESTA
— No Rio, os blocos não têm apoio. Em Recife, o Galo da Madrugada é divulgado pelo poder público com mais de um mês de antecedência. E tem apoio oficial. Esse ano, o Galo terá 27 trios elétricos e 40 palcos — observa Pedro Ernesto, presidente do Cordão do Bola Preta. [...]As associações que
representam os mais de 400 blocos que
desfilam nas ruas do Rio de Janeiro lançaram um manifesto nesta quinta-feira (23/2) para reclamar da falta de
apoio ao carnaval de rua da
cidade. Segundo eles, a expansão da festa nas ruas da cidade tem gerado mais receitas para a
cidade no turismo. Por
outro lado, o aumento de público gera mais despesas de infraestrutura para os
blocos, e os organizadores estão se
endividando. A Prefeitura do Rio, porém, não financia os blocos como faz com as escolas de samba.
[...]
Entre as alternativas propostas pelas ligas, estão dar subsídios diretos
aos organizadores como ocorre com as escolas de samba, o lançamento de editais
para blocos dividindo com eles recursos de fomento à cultura e a criação de um
fundo especial para os blocos, que teria origem a arrecadação de tributos
durante o período de carnaval.
Texto adaptado
Disponível em http://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2017/02/blocos-de-carnaval-pedem-financiamento-publico-para-festa.html. Acesso em 11 fev. 2017.
TEXTO 3
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que representa as escolas do grupo especial, Jorge Castanheira, disse que o financiamento das escolas foi mantido e cada escola do Grupo Especial vai receber R$ 6 milhões. A liberação dos recursos está acompanhando a prestação de contas das escolas. O presidente revelou ainda que a Liesa está negociando o patrocínio com uma marca de cerveja que será a única marca nos locais de venda da avenida de desfiles. “Estamos em negociação com algumas empresas e tentando fazer esse tipo de acerto final, porque a logística é muito grande”.
Disponível
em http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/riotur-estima-11-milhao-de-turistas-no-carnaval-carioca-deste-ano.
Acesso em 24 fev. 2017.
Texto 4
CARNAVAL É PRIORIDADE?
A Gazeta do Povo
publicou, nessa semana, dois artigos com duas opiniões sobre financiamento do
Carnaval pelo Estado. Os artigos são de autoria de Dario Luiz Dias Paixão,
professor da Universidade Positivo e da UFPR e de Wagner Vargas, sócio-diretor
da Chicago Boys Investimentos e especialista do Instituto Liberal.
Wagner Vargas protestou, pois “centenas de milhões de reais são
empenhados todos os anos para custear essa festa tipicamente brasileira, sendo
grande parte desses recursos advindos dos nossos impostos. Vale lembrar que o
Estado não gera riquezas, mas apenas extrai os recursos, compulsoriamente, de
quem produz e sob pretexto de que serão devolvidos em formato de serviços
públicos ‘gratuitos’ para a população. Se a grosso modo parece aceitável tal
extração, não soa tão simples encaixar essa bela festa de nossa cultura, que é
o carnaval, como algum serviço essencial, por maior que seja o esforço
retórico.”
Afirma que as despesas com a festa não são prioritárias e que, se fosse
rentável, por que aplicar recursos dos contribuintes? E é lucrativo para quem?
Em síntese, o autor defende que, como são os impostos que sustentam o Carnaval,
e como nem todos gozam do evento festivo, então não há razão para que o Estado
a financie. Trata-se de “punição a quem mais depende da verba pública”.
Dario Luiz Dias Paixão, em outro artigo, defende que Carnaval é “um
patrimônio público nacional”, pois assim definido em Decreto-Lei (de 1937). Que
festas de Carnaval famosas “têm dificuldades de se manter sem o apoio
financeiro governamental” e que a “a tradição não pode ser abandonada, pois o
carnaval é a festa do povo. E, se é bom para o povo, é bom para quem nos
visita”.
Em primeiro plano, em suas essências, são opiniões conflitantes sobre o
uso de recursos públicos. Wagner Vargas critica, fundamentalmente, o uso de
recursos de impostos, custeados por todos, para propiciar o evento. Enquanto
que Dário Paixão afirma se tratar de uma tradição, por isso é justificável a
aplicação de recursos públicos. [...]
Disponível
em http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/dinheiro-publico/carnaval-e-prioridade-reflexao-sobre-transparencia-e-prioridades-dos-gastos-publicos/.
Acesso em 24 fev. 2017.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “CARNAVAL: ENTRE A TRADIÇÃO
E A CRISE FINANCEIRA”, apresentando proposta de intervenção, que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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