A VIDA NO TRÁFICO
Ele acordou com batidas fortes em
sua porta. Disseram-lhe para se preparar, a polícia estava subindo. Rapidamente
pegou sua pistola e subiu o morro, afinal, tinha entrado para o tráfico há
pouco tempo e nunca tinha trocado tiros com alguém.
Quando chegou lá em cima, seu
chefe, que nem sabia seu nome, lhe disse:
- Fé em Deus, irmão.
Apenas balançou a cabeça,
assustado com a situação.
De repente, foi disparado um tiro
e o fogueteiro de apenas quatorze anos foi visto coberto de sangue.
Com medo de que aquilo
acontecesse com ele, Ronaldo fugiu sem que ninguém percebesse.
Com o ódio controlando suas
mentes, todos os homens do tráfico partiram pra cima da polícia. Ronaldo, de
longe, se perguntava o porquê desse ódio. O fogueteiro que havia morrido era
irmão do chefe, os outros homens seguiam-no, porque, se não, teriam o mesmo fim
do menino.
Depois de um tempo escondido em
uma caixa-d’água abandonada, Ronaldo já não ouvia mais os tiros. O morro estava
calmo. Naquele momento, pensou em todas as possibilidades, ele poderia
encontrar os seus parceiros comemorando a vitória ou poderiam estar caídos no
chão banhados de sangue. Após pensar muito, Ronaldo saiu à procura dos traficantes.
Não havia restado um, até mesmo o chefe estava morto. Arrependido, Ronaldo
percebeu que havia um novo dono do morro.
Pedro Vieira (9B)
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