PROPOSTA DE REDAÇÃO: economia compartilhada

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO 1                                      
ENTENDENDO O CONCEITO: O QUE É ECONOMIA COMPARTILHADA
 Foi em meio a crise de 2008 que, segundo o colunista do New York Times, Thomas Friedman, tanto a mãe natureza quanto o mercado chegaram a um limite e declararam que o modelo hiperconsumista em vigência não era mais sustentável. Alguns fatores chave conduziram esse novo modelo econômico: as preocupações ambientais, a recessão global, as tecnologias e redes sociais e a redefinição do sentido de comunidade.
Segundo a especialista Rachel Botsman, a economia compartilhada contempla 3 possíveis tipos de sistemas: 1. Mercados de redistribuição: ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. Baseia-se no princípio do “reduza, re-use, recicle, repare e redistribua”; 2. Lifestyles colaborativos: baseia-se no compartilhamento de recursos, tais como dinheiro, habilidades e tempo; 3. Sistemas de produtos e serviços: ocorre quando o consumidor paga pelo benefício do produto e não pelo produto em si. Tem como base o princípio de que aquilo que precisamos não é um CD e sim a música que toca nele, o que precisamos é um buraco na parede e não uma furadeira, e se aplica a praticamente qualquer bem.
A economia compartilhada permite que as pessoas mantenham o mesmo estilo de vida, sem precisar adquirir mais, o que impacta positivamente não só no bolso mas também na sustentabilidade do planeta.
A base fundamental do capitalismo é acumular a maior quantidade possível de bens. Pensemos na Ride With, a nova funcionalidade do Waze que facilita caronas. Se as pessoas não precisam mais ter seus próprios carros para se locomover, como fica a indústria automobilística? A indústria entra em colapso, o faturamento das empresas cai, o desemprego aumenta, leis são criadas para frear esse movimento, empresas tradicionais se revoltam com a concorrência desleal etc. Não é isso que temos acompanhado nos últimos tempos? A economia colaborativa nos apresenta um novo jeito de consumir focado no usufruir (serviço) substituindo o paradigma da posse do bem (produto).
Se avaliarmos a economia colaborativa com uma mentalidade tradicional não seremos capazes de enxergar a quantidade de oportunidades que despontam nesse novo cenário. Segundo a Forbes, a estimativa é que a economia colaborativa gere uma receita anual de US$3,5 bilhões para os usuários, valor que deve crescer 25% ao ano. A despeito da análise de alguns economistas, empresas grandes, pequenas e até indivíduos podem aumentar seu faturamento e encontrar possibilidades de sobreviver à crise através da economia do compartilhamento.

Texto adaptado.
Disponível em http://consumocolaborativo.cc/entendendo-o-conceito-o-que-e-economia-compartilhada/. Acesso em 27 jul. 2017.

TEXTO 2

COM UBER E AIRBNB COMO EXEMPLOS, ECONOMIA COMPARTILHADA DEVE CRESCER NO MUNDO

É bem provável que você já tenha ouvido falar do Uber - talvez, já tenha até usado. Em todas as cidades onde o serviço já existe, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, o aplicativo de transporte de carros de luxo tem despertado a ira de taxistas por se tratar de  carros particulares e ainda não existir uma legislação específica para o sistema - os motoristas do Uber não têm as mesmas obrigações que os de táxi. 
[...] Outros exemplos, como o Airbnb, seguem o mesmo caminho: consolidados, ameaçam o reinado das indústrias tradicionais. Segundo o professor Zafar, na Copa do Mundo do Brasil, no ano passado, cerca de 80% das reservas de hospedagem foram feitas com serviços como o Airbnb e não com o próprio setor hoteleiro. Parece que foi no período jurássico, mas as locadoras de DVD tinham uma lógica parecida - ainda que tenham sido engolidas pelos serviços de filmes digitais e de streaming. “Só que, diferentemente do passado, agora é a vez do bed and breakfast (do inglês, “cama e café da manhã”, quando a hospedagem é em casas de família), é a música, é o compartilhamento de carros... E outras coisas vão surgir, até como o compartilhamento de dinheiro”, explicou, referindo-se a uma espécie de ‘empréstimo compartilhado’.

Disponível em http://www.correio24horas.com.br/detalhe/agenda-bahia/noticia/com-uber-e-airbnb-como-exemplos-economia-compatilhada-deve-crescer-no-mundo/?cHash=622ce062b10980ca6409becdf0d6698c. Acesso em 27 jun. 2017.

TEXTO 3

“UBER E AIRBNB NÃO TÊM NADA A VER COM COMPARTILHAMENTO”

Richard Stallman, fundador do movimento Software Livre, fala sobre economia compartilhada, publicidade e privacidade

Você é um crítico da economia compartilhada. Quais são os problemas de companhias como Uber e Airbnb?
Compartilhamento é quando as pessoas se ajudam mutuamente em um espírito de comunidade, e essas companhias não tem nada a ver com isso. O Airbnb é um corretor para aluguel de cômodos de curta estadia. Não acho que o negócio é inerentemente ruim, ainda que cause problemas em algumas circunstâncias. Eu não usaria o Airbnb pelo fato de ele identificar as pessoas em sua base de dados. O Uber também é parte da economia da exploração, sendo injusto a seus motoristas ao pagar tão pouco a eles. O que é ainda pior, ele é injusto a todos os consumidores ao rastreá-los e fazer com que executem um software não-livre que é também um malware, rastreando usuários antes e depois da corrida.

Disponível http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2017/06/19/uber-e-airbnb-nao-tem-nada-a-ver-com-compartilhamento.html. Acesso em 27 jul. 2017.



PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “ECONOMIA COMPARTILHADA: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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