SORTE DIANTE DA MEDIOCRIDADE

O filme “Amor Sem Fim” é um romance adolescente que retrata a história de Jade Butterfield (Gabriella Wilde), uma jovem superprotegida pelos pais, que aparenta ter um futuro brilhante pela frente, e de David, o garoto por quem Jade se apaixona.
David Elliot, interpretado por Alex Pettyfer, é pertencente a uma classe social inferior a da menina e possui um passado conturbado. O desenrolar da trama, que, na verdade, representa o relacionamento dos protagonistas, é repleto de desavenças familiares, desaprovações e problemas originados por conta da distinção entre as classes sociais. Esse último fator tem grande destaque, já que foge do clichê romance adolescente e denota um valor social importante.
Embora tenha esse clichê considerável, o longa possui certa individualidade, pois seus efeitos especiais, que incluem fotografia e a trilha sonora de grande carga emocional, juntam-se a forte atuação dos atores, que mesmo não sendo de muito prestígio, como Cameron Diaz e Sandra Bullock, combinam com os papéis desempenhados, atingindo o público de maneira impressionante.
Em relação ao público-alvo, podemos dizer que é o feminino, já que filmes de essência romântica costumam atrair esse público pelo seu valor sentimental. Entretanto isso não impede que o público masculino assista ao filme, que tem traços de humor capazes de atrair qualquer um, dependendo da adoção de certa flexibilidade em relação ao gênero. Por exemplo, há as cenas do início que têm o poder de envolver o espectador. Tais cenas tratam dos primeiros momentos de contato entre Jade e David, repletos de emoção e humor, esse último proporcionado pelo personagem Mace, amigo de David.
Como já foi demarcado, a trilha sonora constitui um aspecto importante para o mergulhar profundo dentro da obra; a trilha permite que acompanhemos os momentos de amor entre os protagonistas e suas respectivas sensações. Podemos destacar, portanto, as músicas: “Peaches” e “All Our Endless Love”. O diretor investiu pesadamente na música, sendo que a maioria das canções foi criada justamente para o longa. Temos também, a partir da questão social, o uso de figurinos distintos e bem pensados, que representam o elenco e são capazes de conotar os estados de espírito das personagens.
O sucesso do filme também está relacionado a sua condição de remake, fazendo referência ao longa lançado em 1981. Em relação a esse último, a versão recentemente criada muda o enredo, gerando certa polêmica pelo próprio fato de ser um remake.
       Logo vemos que “Endless Love” é um filme de história banal, mas que consegue, por mudanças e diferenças mínimas, tornar-se um longa-metragem muito bem-feito e impactante, atingindo definitivamente todo tipo de público por tratar-se da substância presente na vida de quase todas as pessoas, o amor.

Antonia, Julia Sayão e Julia Zagury
9B

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