SEU LUGAR NÃO É AQUI

Carlos era um “morador da comunidade”, passava por muitas dificuldades com a família, mas isso não o impedia de sonhar.
Desde pequeno, seu sonho era ser bem sucedido, ser jogador de futebol, um engenheiro, um médico, queria exercer qualquer profissão que o ajudasse a melhorar sua vida. Saía de casa e falava para sua mãe “Tô indo melhorar nossas vidas”.
Na escola, era um garoto dedicado e inteligente. Carlos estudava no melhor colégio da cidade (que era pago pelo seu pai ausente).  Sofria poucas e boas “na  mão” de seus colegas de classe, que diziam “sai, seu lugar não é aqui.
Depois de um tempo, o menino começou a acreditar no que ouvia, seus sonhos ficavam cada vez mais fracos e, vendo os seus conhecidos entrando na vida do tráfico e conseguindo se sustentar, ele largou os estudos e foi ganhar dinheiro como os outros.
Passou um ano, e sua mãe já não o reconhecia, Carlos não era mais aquele menino doce e sonhador, ele havia se tornado uma pessoa rude e agressiva. Toda sua inteligência havia sido desperdiçada.
Com um tempo, ele começou a portar armas, se sentia no poder, o maioral.
Então, um dia, quando ele estava “trabalhando” vendendo “suas” drogas, aconteceu um confronto com a polícia. No dia 22 de junho, Carlos foi baleado e, enquanto agonizava, ele percebeu que as drogas não custaram só seus sonhos, mas também sua vida. E pediu desculpas a Deus por ter desistido de seus sonhos, por ter acreditado que a escola não era seu lugar.
Carlos tinha 16 anos e morreu vítima do tráfico de drogas.


Eduarda Hilário (9A)

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